quarta-feira, 20 de junho de 2012

INFLUÊNCIAS NA DANÇA

Em sua caminhada pelo mundo, os ciganos passaram por diversos países deixando um pouco de si para aquele povo e trazendo consigo, também, um pouco da cultura daquela Terra.
Com a dança não foi diferente.

*DANÇA EGÍPCIA*

No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado. Sua invenção era atribuída a Bes, um deus-anão originário da Núbia, que usava pele de leopardo – que protegia contra a feitiçaria e favorecia um parto rápido – mas quem ditava as normas da dança era Hathor, deusa representada por uma vaca que carregava o disco solar entre os chifres ou também por uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar.
O principal centro do culto de Osíris ficava em Abydos. Ali, todos os anos, antecedendo a época da cheia do rio Nilo, realizava-se um festival que dramatizava o mito diante de milhares de fiéis. Em procissão solene, os sacerdotes entravam no templo acompanhados por músicos e dançarinas.
Cantava-se e dançava-se o mistério de Osíris a quem se atribuía, entre outros feitos, ter ensinado a agricultura aos homens. Um irmão invejoso, Set, matou-o e desmembrou seu corpo em quatorze pedaços. Ísis junta as partes e devolve a vida ao irmão-marido que, no entanto, prefere continuar reinando no mundo subterrâneo. Assim é Hórus, o filho póstumo, que passa a governar os vivos. Simbolizando a eternidade, Osíris também presidia a arte de embalsamar e mumificar os cadáveres; as almas seriam por ele julgadas depois de recitar quarenta e duas confissões; a preservação dos corpos era tida como indispensável para uma nova vida após o julgamento.
Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo arqueado. As imagens raramente indicam saltos. O acompanhamento musical era feito por flautas e tambores. A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança religiosa. Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos.

(Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/2059581-dan%C3%A7a-egito/#ixzz1yLd60cPL)

*DANÇA DO VENTRE* 

Primitivamente, o conceito de Deus era feminino, associado a uma GRANDE MÃE. A veneração a divindades femininas era parte integrante das tradições sagradas mais antigas. Nos rituais eram realizadas danças que simbolizavam a origem da vida, através de movimentos ondulatórios rítmicos no ventre. Em vários lugares foram encontrados indícios desse tipo de ritual, como por exemplo: Mesopotâmia, Egito, Anatólia. Posteriormente, a dança passou a ser realizada exclusivamente por sacerdotisas dentro dos templos, com total sincronia com os ritmos musicais.



Embora existam ainda controvérsias sobre a origem da Dança do Ventre, a hipótese mais provável é que tenha surgido no Egito a mais ou menos 1500 a.C em rituais em que as sacerdotisas homenageavam a Deusa da fertilidade, Ísis.

Após a invasão do Egito pelo povo árabe em 638 d.C, a dança foi incorporada à cultura árabe, deixando de ser apenas prática sagrada e assumindo caráter mais festivo, passando a ser realizada em festas populares e palaciais.

A princípio, os nomes reais da Dança do ventre eram: Dança oriental, conhecida nos países árabes; Racks el Chark, que significa Dança do Leste.

A nomenclatura Dança do Ventre foi dada pelos franceses, pois nessa dança a bailarina concentrava os movimentos no quadril quase que exclusivamente.

O Egito foi o palco principal do desenvolvimento da dança do ventre. Meninas eram treinadas desde pequenas para servirem como “Canal de manifestação da Deusa Isis” nos rituais religiosos.

Os rituais eram iniciados com as sacerdotisas dançando e cantando para que a Deusa se manifestasse, depois eram feitas oferendas de flores de lótus, incensos, essências, água e frutas. Sem a presença das sacerdotisas, as cerimônias não poderiam acontecer. A dança do ventre era ensinada de geração a geração até a queda do Império egípcio, quando o povo egípcio passou a sofrer influência de outros povos.


A dança do ventre se espalhou por todos os países às margens do deserto do Saara ao longo dos anos. Na turquia é chamada de “gobek dans”. Na Arábia Saudita, antigamente a dança do ventre era sagrada e não podia ser vista por homens.

Os ciganos incorporaram movimentos ritualísticos em sua dança, a fim de saudarem os deuses das terras por onde passavam. Eles tinham muito a agradecer, afinal a terra lhes acolhiam por algum tempo oferecendo a eles seu sustento. Por isso, agradeciam as Divindades e aos Deuses as bençaos e a fartura.