domingo, 2 de setembro de 2012

INFLUÊNCIAS DA DANÇA


                                                           DANÇA INDIANA




A história nos conta que a origem da dança se deu juntamente com o teatro através de uma escritura chamada Natya Shastra. Natya é a junção de drama (atuação), música e dança, Shastra quer dizer escritura. É dito que o Natya Shastra foi composto pelo próprio Deus Brahma, o senhor da criação, e que para sua composição foram extraídos textos dos quatro Vedas. Por tal motivo, o Natya Shastra também é chamado de Natya Veda já que Brahma incorporou todas as artes e ciências que havia nos Vedas. Do Sama Veda ele retirou a música, do Rig Veda a poesia e a prosa, do Yajur Veda o gestual e a maquiagem e finalmente do Atharva Veda a representação dramática.

Originalmente a dança era apresentada dentro dos Templos em uma sala especialmente construída e chamada de Natyamandapa, era executada por mulheres chamadas de “Devadasis”. Deva significa Deus e dasi, serva, portanto a dança era considerada como uma oferenda aos Deuses assim como a comida, as flores, etc...

Devadasis eram bailarinos que exibiam sua arte no interior dos templos. Estes artistas, associados aos templos do hinduísmo, com suas existências dedicadas somente ao culto do deus Shiva, ingressavam nestes recintos ainda na infância, entregues pelos próprios pais. A partir de então, as bailarinas transformavam-se em esposas da divindade, contraindo matrimônio com o deus em um ritual semelhante ao do habitual casamento indiano. Elas eram preparadas para exercitar a prática desta dança nos ritos realizados no templo.

A técnica da Dança Indiana

A dança clássica indiana é dividida em Nritta (dança pura ou abstrata) e Nrittya (dança expressiva).

Nritta é composta de movimentos baseados no ritmo e na música e não possui significado, tendo um caráter puramente decorativo e abstrato. Os itens de dança pura, como são chamados, possuem complicados padrões rítmicos e diferentes medidas de tempo nos ciclos métricos. Em Nritta, a ênfase é nos movimentos puros de dança, criando padrões no espaço e no tempo sem nenhuma intenção especifica de projetar qualquer emoção. Os movimentos são criados pelas várias partes do corpo para produzir beleza estética.

A unidade básica da dança é chamada de Adavu, que quer dizer “combinação” e no caso da dança pura, combina passos e gestos chamados de Nritta Hastas.

Nrittya é composto de Hastas e Abhinaya que são usados para contar histórias através da expressão das mãos, do rosto e do corpo. A palavra Hastas quer dizer mão e os principais Hastas (ou Mudras) usados em Nrittya são os Asamyukta (simples) e os Samyukta (compostos).

Abhinaya é uma síntese de vários aspectos do processo dramático e normalmente esta palavra e traduzida como “atuar” ou "educar".

Há quatro tipos de Abhinaya citados nas escrituras: Angika, Vacika, Aharya e Satvika.

Angika se refere às expressões do corpo, Vacika à fala ou canto, Aharya a caracterização e Satvika se refere ao comportamento das personagens, a expressão da graciosidade e a emoção propriamente dita.

Rasa e Bhava são os principais componentes de Abhinaya. Rasa quer dizer sabor e Bhava, sentimento ou emoção. As principais expressões do rosto são chamadas de Nava Rasas e são compostas de: Sringaram (amor), Veeram (heroísmo), Karuna (tristeza ou compaixão), Adbhuta (maravilhamento), Raudram (ira), Hasya (humor ou comedia), Bhayanaka (medo ou pavor), Bibhatsa (nojo) e Shanta (paz).

Os estilos de Dança Clássica Indiana

"Os Deuses criaram a dança como um instrumento para entretenimento. Mais tarde, com o propósito de agradar os Deuses, os seres humanos passaram a representar as histórias e as glórias dos Deuses. Deste modo começou o ciclo de celebração manifestada no alegre abandono do movimento e da música. Durante um período de aproximadamente dois milênios, a dança na Índia adquiriu um conjunto gramático, o qual levou a uma certa codificação da técnica. Deste modo foram plantadas as sementes do celebrado tratado de Bharatha Muni, o Natya Shastra. Isto foi complementado com uma acelerada manifestação da religião formalizada através dos Templos. Nos Templos, a arte da dança se desenvolveu em sua glória primordial, oferecida como era, aos Deuses. Os reis eram patronos de várias formas de arte e, assim, as Cortes também tiveram um papel importante na promoção e propagação da dança.

Com novas influências culturais no milênio passado, deu-se a fusão e a síntese. As tradições da Ásia Central foram absorvidas no repertório da dança a qual deixou parcialmente suas amarras nos Templos e se mudou para a Corte. O domínio colonial da Índia levou ao lento desaparecimento da dança clássica, a qual, quando o País ganhou sua independência foi revivida. O espirito de rejuvenescimento tem ajudado a Dança Clássica Indiana a atingir um importante lugar no mundo cultural."

Atualmente existem sete estilos considerados clássicos na Índia:

Bharathanatyam: nascida no interior dos templos de Tamil Nadu, no sul da Índia, é o estilo mais célebre junto ao povo indiano. Ela é embalada por intensa percussão e um suave compasso marcado pelos pés
                    

 

Kuchipudi: adotou o nome do local de onde provém, na região de Andhra Pradesh. Também tem muitos pontos em comum com o Bharata natyam, é forte e enérgica, associando danças solo e coreografias próprias do drama

 

 
Mohiniyattam: esta mescla do Bharata natyam e do Kathakali, somada a alguns elementos folclóricos regionais, nasceu igualmente em Kerala. As bailarinas se vestem de branco e dourado.
 
Kathakali: esta prática enérgica e intensa está intimamente ligada ao exercício de artes marciais. Através de gestos, maquiagem e figurino próprios, esta dança retrata cenas do Mahabharata ou do Ramayana.
 


Odissiela: tem origem no leste indiano; os bailarinos assumem posturas que lembram esculturas, conferindo a esta coreografia um aspecto muito sedutor. Imagens desta dança, que constitui arqueologicamente o modelo feminino mais ancestral, estão gravadas nas paredes de determinados templos.
 


Manipuri: este modelo é proveniente de Manipur. Seus adeptos movem-se por meio de passos miúdos e saltitam, em torno de lendas sobre Krishna. Não é necessário, como nos outros estilos, o uso de guizos nos tornozelos.
 
 
 
 
Kathakmuito conhecida no Norte indiano, tornando-se famosa por algum tempo nas cortes hindu e mongol; envolve um elaborado movimento dos pés e vertiginosos rodopios corporais;




 Os movimentos observados na dança cigana são resultantes da sua influência indiana, onde o girar das mãos, a inclinação da cabeça e a postura ereta chamam atenção. Além disso, as características assimiladas em diferentes regiões do mundo por onde os ciganos passaram levam a uma divisão por estilos, que segue o mesmo padrão dos clãs.
Principalmente a dança Kathak contribuiu muito com a forma expressiva , movimentos das mãos e giros na dança cigana.

 

 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

INFLUÊNCIAS DA DANÇA


Dança Grega


Os gregos da antiguidade acreditavam que a dança era uma invenção dos deuses e mais tarde associaram-na com suas cerimônias religiosas e de adoração. Eles acreditavam que os deuses ofereciam esse presente apenas para alguns seletos mortais, que em retribuição ensinavam a dançar seus amigos.

A mitologia grega atribui a origem da dança a Rea que ensinou essa arte a Kourites em Creta. Kronos havia destronado seu pai Uranos. Temendo ser igualmente destronado por seus próprios filhos, comia-os assim que nascessem. Sua mulher Rea, no entanto, desobedeceu Kronos quando seu último filho chamado Zeus nasceu. Ela escondeu seu filho Zeus em uma caverna escura em Creta e deu a Kronos uma pedra embrulhada em roupas para que a comece pensando ser seu filho. Ela também pediu a Kourites, que era um guerreiro semi deus, para fazer uma dança de guerra em volta da caverna, batendo forte escudos e espadas uns com os outros para que Kronos não ouvisse o choro da criança. Quando mais tarde Zeus destrona seu pai, Kourites se torna um padre no novo mundo e seus descendentes continuariam a perpetuar aquela dança para as cerimônias religiosas.



Eis algumas das principais danças:

O zonarádikos é a dança mais conhecida e difundida na Trácia e originalmente dançada pelos homens mais velhos. Como a maioria das danças da região, os homens dançam à frente da fila. O nome vem de zonari, que significa “cinto”, pois dança-se com as mãos cruzadas, segurando os cintos uns dos outros, mas às vezes cruzam-se só as mãos.

A dança Sirtaki, onde os dançarinos formam uma fila, dão as mãos e fazem movimentos sincronizados sobre um ritmo crescente (aumentando a velocidade).


Existe também o Rebétiko, também conhecido como o blues grego, onde os dançarinos quebram alguns pratos durante a performance.


Outra dança é o Tsiftetéli, uma espécie de dança do ventre dançada por casais ou só pelas mulheres
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(www.grupogrecia.com.br)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

INFLUÊNCIAS NA DANÇA

Em sua caminhada pelo mundo, os ciganos passaram por diversos países deixando um pouco de si para aquele povo e trazendo consigo, também, um pouco da cultura daquela Terra.
Com a dança não foi diferente.

*DANÇA EGÍPCIA*

No Egito, bem como em outras antigas civilizações, a dança tinha um caráter sagrado. Sua invenção era atribuída a Bes, um deus-anão originário da Núbia, que usava pele de leopardo – que protegia contra a feitiçaria e favorecia um parto rápido – mas quem ditava as normas da dança era Hathor, deusa representada por uma vaca que carregava o disco solar entre os chifres ou também por uma mulher com cabeça de vaca portando o disco solar.
O principal centro do culto de Osíris ficava em Abydos. Ali, todos os anos, antecedendo a época da cheia do rio Nilo, realizava-se um festival que dramatizava o mito diante de milhares de fiéis. Em procissão solene, os sacerdotes entravam no templo acompanhados por músicos e dançarinas.
Cantava-se e dançava-se o mistério de Osíris a quem se atribuía, entre outros feitos, ter ensinado a agricultura aos homens. Um irmão invejoso, Set, matou-o e desmembrou seu corpo em quatorze pedaços. Ísis junta as partes e devolve a vida ao irmão-marido que, no entanto, prefere continuar reinando no mundo subterrâneo. Assim é Hórus, o filho póstumo, que passa a governar os vivos. Simbolizando a eternidade, Osíris também presidia a arte de embalsamar e mumificar os cadáveres; as almas seriam por ele julgadas depois de recitar quarenta e duas confissões; a preservação dos corpos era tida como indispensável para uma nova vida após o julgamento.
Diversos tipos de registros levam a crer que a dança egípcia era severa, angulosa, com alguns movimentos acrobáticos como a ponte: pés e mãos apoiados no solo sustentam o corpo arqueado. As imagens raramente indicam saltos. O acompanhamento musical era feito por flautas e tambores. A participação feminina predominava, pelo menos no que se refere à dança religiosa. Desenhos, altos-relevos, estátuas mostram dançarinas freqüentemente aos pares sobressaindo entre o grupo de instrumentistas. Por vezes, elas estão nuas ou usando apenas uma saia comprida cuja barra contém caprichosos desenhos geométricos.

(Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/history/2059581-dan%C3%A7a-egito/#ixzz1yLd60cPL)

*DANÇA DO VENTRE* 

Primitivamente, o conceito de Deus era feminino, associado a uma GRANDE MÃE. A veneração a divindades femininas era parte integrante das tradições sagradas mais antigas. Nos rituais eram realizadas danças que simbolizavam a origem da vida, através de movimentos ondulatórios rítmicos no ventre. Em vários lugares foram encontrados indícios desse tipo de ritual, como por exemplo: Mesopotâmia, Egito, Anatólia. Posteriormente, a dança passou a ser realizada exclusivamente por sacerdotisas dentro dos templos, com total sincronia com os ritmos musicais.



Embora existam ainda controvérsias sobre a origem da Dança do Ventre, a hipótese mais provável é que tenha surgido no Egito a mais ou menos 1500 a.C em rituais em que as sacerdotisas homenageavam a Deusa da fertilidade, Ísis.

Após a invasão do Egito pelo povo árabe em 638 d.C, a dança foi incorporada à cultura árabe, deixando de ser apenas prática sagrada e assumindo caráter mais festivo, passando a ser realizada em festas populares e palaciais.

A princípio, os nomes reais da Dança do ventre eram: Dança oriental, conhecida nos países árabes; Racks el Chark, que significa Dança do Leste.

A nomenclatura Dança do Ventre foi dada pelos franceses, pois nessa dança a bailarina concentrava os movimentos no quadril quase que exclusivamente.

O Egito foi o palco principal do desenvolvimento da dança do ventre. Meninas eram treinadas desde pequenas para servirem como “Canal de manifestação da Deusa Isis” nos rituais religiosos.

Os rituais eram iniciados com as sacerdotisas dançando e cantando para que a Deusa se manifestasse, depois eram feitas oferendas de flores de lótus, incensos, essências, água e frutas. Sem a presença das sacerdotisas, as cerimônias não poderiam acontecer. A dança do ventre era ensinada de geração a geração até a queda do Império egípcio, quando o povo egípcio passou a sofrer influência de outros povos.


A dança do ventre se espalhou por todos os países às margens do deserto do Saara ao longo dos anos. Na turquia é chamada de “gobek dans”. Na Arábia Saudita, antigamente a dança do ventre era sagrada e não podia ser vista por homens.

Os ciganos incorporaram movimentos ritualísticos em sua dança, a fim de saudarem os deuses das terras por onde passavam. Eles tinham muito a agradecer, afinal a terra lhes acolhiam por algum tempo oferecendo a eles seu sustento. Por isso, agradeciam as Divindades e aos Deuses as bençaos e a fartura.




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

* DANÇA *



INTRODUÇÃO

Todas as culturas desde os tempos primordiais, sempre tiveram a necessidade de expressar seus sentimentos através da dança, cantos, pinturas e rituais.
A dança é uma das principais formas de expressão humana. Movimentos corporais e atos espontâneos sempre acompanhados de ritmos.
A dança traduz muito o que sentimos na alma, é uma ligação entre o céu e a terra é nela que conseguimos expressar algo que sentimos, porém dança-se por amor, ódio, tristeza ou mesmo para comemorar conquistas e perdas.
Dançar vai muito além de uma sequência de passos, é o momento em que você conhece seu corpo e sua alma.
Através da dança, o homem desenvolve e enriquece seu físico, sua mente e seu psicologico.
O movimento corporal realizado através da dança mostra o momento em que vamos ao encontro de nós mesmos, mostrando de uma forma única a nossa alma.


"Todas las culturas desde los tiempos más remotos, siempre ha tenido la necesidad de expresar sus sentimientos a través del baile, canciones, pinturas y rituales.
La danza es una forma importante de expresión humana. Los movimientos corporales y actos espontáneos siempre acompañados de ritmos.
La danza expresa el alma que nos sentimos un vínculo entre el cielo y la tierra es lo que podemos expresar lo que sentimos, pero el baile es por amor, odio, tristeza, o incluso para celebrar las victorias y las pérdidas.
Baile va mucho más allá de una secuencia de pasos es cuando sabes que tu cuerpo y alma.
A través de la danza, el hombre se desarrolla y enriquece su físico, su mente y psicológica.
El movimiento del cuerpo de la danza muestra realizada en el momento de llegar a salir de nosotros mismos, mostrando una forma única de nuestra alma."